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Girlboss 1×05 – Top 8

Girlboss 1×05 – Top 8

Gustavo Pereira - 21 de abril de 2017

“Top 8” é precedido por “Ladyshopper99”. Para ler a crítica do quarto episódio de Girlboss, clique aqui.

Aparentemente, é regra na Netflix toda série produzida por lá ter um episódio flashback. Ainda bem que outra regra que parece imperar dentro da gigante dos streamings é que este episódio seja bom. “Top 8” é, até aqui, o melhor episódio da temporada, de longe. E é, curiosamente, muito pouco engraçado. Mesmo com seus alívios cômicos, a carga dramática é muito maior do que nos quatro anteriores.

Quando descobre que está fora do “top 8” de amigos no MySpace (alguém lembrava do MySpace?), Annie fica desolada. Sophia não vê isso com grande importância, preferindo usar este espaço para dar visibilidade à sua loja online. É a forma como sua amiga reage que serve como brecha para que ela – juntamente com o público – coloque a amizade em perspectiva.

Não parece, mas 2001 já passou faz tempo

Se o roteiro e a edição já foram elogiadas em outras críticas, “Top 8” dá a oportunidade para que a produção, o figurino e a maquiagem de Girlboss tenham protagonismo. É difícil conceber que estamos mais próximos de 2030 do que de 2001, muita coisa aconteceu de lá pra cá. Avril Lavigne estava estourando nas paradas, junto com Britney Spears. As duas continuam por aí, mas o que os mais novos podem ter dificuldade para assimilar é que muita menina realmente se inspirou nelas para compor visual.

Interessante lembrar que Avril Lavigne realmente era ícone das adolescentes retraídas, com tendências depressivas, mesmo estado em que Sophia se encontrava

Já Annie, assim como Britney, tinha um perfil mais receptivo e sociável. Daí a sua observação perspicaz de que a roupa passa uma mensagem sobre quem a veste

Os três momentos que o flashback cobre (também vemos uma viagem pra lá de frustrada para o festival de Coachella de 2003 e um “baile dos enxutos” de 2005) mostram roupas, cortes de cabelo e músicas distintas, capazes de nortear perfeitamente o espectador. O grande mérito do episódio é dimensionar este período, que parece um borrão para nós, que vivemos nele (um choque de realidade avulso: o Pan-Americano do Rio de Janeiro foi há dez anos).

A única coisa que não mudou foi Coachella: todo mundo vai vestido que nem a Thaila Ayala

Dentro da narrativa maior, “Top 8” dá mais profundidade para Sophia e sua relação com o pai, além de mostrar a importância de Annie em sua vida e, indiretamente, na carreira que escolheu. A boa medida para o episódio é que ele ressignifica um diálogo aparentemente bobo entre Sophia e o pai no primeiro episódio e um cumprimento corriqueiro entre ela e Annie.

Mais do que risadas, Girlboss também é capaz de trabalhar com temas sensíveis e se sair bem. Para ver todos os episódios, clique aqui.

Para ler a crítica de “Cinco porcento”, sexto episódio da primeira temporada, clique aqui.

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