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Playlist da Quinzena #3

Playlist da Quinzena #3

Do pop oitentista ao ambient sombrio: confira as seleções da nossa Playlist da Quinzena

Maicon Firmiano da Silva - 6 de abril de 2020

Na terceira semana de quarentena, seremos salvos pela nostalgia sonora ou absorvidos pelo pessimismo musical? Uma coletânea de pop oitentista e ambient sombrio são algumas das seleções da nossa Playlist da Quinzena.

 

It Is What It Is – Thundercat

Com guitarras do brasileiro Pedro Martins, It Is What It Is ilustra a estrutura temática do novo disco do multi tarefas Thundercat. Uma guinada em timbres, o álbum trata da bonança após a ressaca moral, um inventário interno sobre mudanças.

 

Can’t Do Much – Waxahatchee

Como um álbum de fotos amareladas com o tempo, o disco da banda encabeçada por Katie Crutchfield usa da familiaridade para examinar o legado do passado. As composições singelas habituais da Waxahatchee ganham corpo com elementos folclóricos que abraçam a herança musical de Crutchfield.

 

In Your Eyes – The Weeknd

Abrindo o bloco nostalgia da lista, The Weeknd e um sintetizador rasgado. Mesmo que não distante da intimidade emocional de seus outros trabalhos, After Hours se joga numa indulgência oitentista em momentos com a faixa título, ou no neon romântico de In Your Eyes.

 

Hallucinate – Dua Lipa

Pop econômico e objetivo, retoma correntes revisionistas que as irmãs Danii e Kylie Minogue catapultaram no início dos anos 200. Eduarda Felipa se consolida como mártir da música ao lançar um disco repleto de joias que crescem a cada ouvida, graças ao esmero da produção que funciona como catálogo das mais excêntricas manias do pop dos anos 70 e 80.

 

Direct Sunlight – TOPS

O melhor representante da vibração disco que permeia o pop atual, mas sob o prisma do indie descompromissado. Último single do recente I Feel Alive, essa faixa é um dos momentos solares que descola o TOPS da melancolia vigente no gênero.

 

Post-It – Olívia de Amores

Ainda falando em nostalgia, Post-It é um prato cheio para amantes do indie rock do início do milênio, com um DNA brasileiro que faz dessa faixa um dos maiores lançamentos nacionais do ano.

 

Cenizes – Nicolas Jaar

Depois do ótimo disco assinado como Against All Logic lançando também em 2020, Nicolas Jaar continua trabalhando em construir seu império de atmosferas musicais. Virada brusca ao existencialismo e a tons claustrofóbicos, Cenizes é uma faixa de névoa e tempo fechado. Chegou na hora certa.

 

PERSONAL SHOPPER – Steven Wilson

Delírio musical de quase 10 minutos, funciona como uma synth-ópera futurista, com atos divididos entre momentos de euforia sonora e distorções sintetizadas.

 

Rosa de Areia – M.TAKARA & CARLA BOREGAS

Mais um momento de abstração sombria e instrumental. Segunda faixa do primeiro álbum em conjunto do percussionista Maurício Takara e Carla Boregas da banda RAKTA, Rosa de Areia dá corpo rítmico aos primeiros minutos do disco. Um exercício em camadas e improvisos que se somam a elementos que musicalizam a inquietação.

 

Falso Azul – Cícero

Vou ser sincero, não esperava estar falando sobre Cícero em 2020. As faixas de Cosmo surpreendem pelo recorte sisudo e minimalismo lírico, mesmo mantendo alguns cacoetes sonoros caros ao carioca

 

Take Yourself Home – Troye Sivan

Outra faixa com traços de pessimismo, desenha uma espécie de confissão sobre isolamento e estafa social.

 

My Baby Looks Good With Another – Halloweens

Cota engraçadinha da lista. Essa faixa do LP recém lançado dos Halloweens é a exceção moderna em um álbum que busca uma afetação vintage de discos pop dos anos 60, elemento que pode soar cínico demais pra alguns ouvidos, mas divertido aos meus.

 

Salvaje – Pabllo Vittar

Mesmo tendo seus momentos mais artificiais em faixas que buscam se aproximar do mercado latino, Salvaje representa um dos momentos de invenção no 111 de Pabllo. Pássaros, sussurros e piano não são exatamente elementos que associaríamos a uma faixa pop com refrão rasgado e letra simples. Funciona como mágica.

 

Tunnel Vision – Monophonics

Uma versão do que o Tame Impala poderia estar produzindo se Kevin Parker não tivesse passado tanto tempo em algumas festas de figurões. Som sintético unido a uma instrumentalização orgânica que remontam ideias da psicodelia sem afetação.

 

Faixas-Bônus:

SDE – Semantics

Love is a Drug – Empress Of

Lucifer is Waiting – Angelica Garcia

Born Again – Ellis

Lo que tu quieres de mi – Sotomayor

Still Right Here – Nine Inch Nails

SAVAGE ANTHEM – PARTYNEXTDOOR

Dear April (Side A – Acoustic) – Frank Ocean

Summertime – Orville Peck

Bernard – Jeffrey Silvertein

Rectifiya – keyiaA

Nova Colônia – Orochi com Dallass

Back to Me – Lindsay Lohan

Rush – Little Dragon

On the Floor – Perfume Genius

Mais Gostoso Lento – Luê com Sandro

Ruptura – Triángulo de Amor Bizarro

 

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