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O Dia Internacional da Mulher, infelizmente, é uma das datas mais caça-níquel do nosso calendário. Se não houvesse um feminicídio a cada duas horas no Brasil, seria apenas patético ver misóginos oferecendo rosas todo 8 de março. Mas a realidade é preocupante para as mulheres, por aqui e mundo afora.
O Plano Aberto não vai usar este dia de reflexão com textos intermináveis. Vamos usar nosso espaço para sugerir filmes, livros e discos (é sobre isso que falamos, afinal de contas) realizados por mulheres. Use esta oportunidade para ver o mundo pela perspectiva delas. Dê protagonismo de fala a elas.
Você vai se surpreender.
A filmografia completa de Sofia poderia entrar nesta lista, mas este é meu favorito: um ator com uma vida vazia que precisa passar um tempo com a filha em um hotel (quantos filmes da jovem Coppola se passam em hotéis?) e percebe que precisa amadurecer. É tão sensível, lento, humano.
Gosta de esportes radicais? Os Reis de Dogtown conta a história real do grupo Z-Top, que começou a andar de skate nas piscinas vazias da Califórnia durante a seca dos anos 1970. Conta com Heath Ledger no elenco, um de seus primeiros trabalhos em Hollywood. Hardwicke também é conhecida pelo forte Aos Treze.
Carey Mulligan vive uma jovem que conhece um homem mais velho, envolvente e, acima de tudo, diferente do seu mundo habitual. O relacionamento se mostra uma verdadeira educação sobre o que é a vida. Se a “aula” é boa, só assistindo pra saber.
Já falamos sobre a série completa aqui num especial do ano passado. Encerrada há menos de dez anos, não é nenhum absurdo colocar Harry Potter ao lado de clássicos da Literatura Infanto-Juvenil como O Hobbit e As Crônicas de Nárnia. Um protagonista que não resolve todos os problemas, infindas lições sobre tolerância e mulheres. Mulheres fortes.
E pensar que Joanne assinou JK para que ninguém desconfiasse que ela era mulher…
Leia tudo duas vezes
A curiosidade sobre esta obra é que ela se passa em apenas um dia. Enquanto Clarissa Dalloway acorda num dia como todos os outros da Inglaterra pós-Primeira Guerra Mundial e se preocupa com os preparativos para uma festa que dará na sua casa à noite, um antigo pretendente volta à cidade e a faz refletir sobre escolhas do passado, propósito da vida e amargura.
Capa da edição de bolso brasileira
Não desmerecendo a adaptação de 2013 (Adèle Exarchopoulos, amamos você), mas o original toca na alma. As ilustrações em aquarela passam uma leveza visual e deixam a carga dramática no texto de Maroh. A história da vida de Clémentine, uma moça que nunca se sentiu plena até se encontrar no amor.
Por outra mulher.
Sempre sofro nessa parte
Nada como voltar ao básico, não é mesmo? Praticamente todo ser vivente já escutou o clássico da americana, que inclusive é assunto na abertura de Cães de Aluguel, filme de Quentin Tarantino. Um disco “com todas as canções fortes”, nas palavras da própria Madonna. Preste atenção especial a “Over and Over” e “Angel”.
Já entrou na minha lista de discos favoritos do ano passado. É, sem dúvida, o turning point da carreira de Beyoncé. Produção primorosa, um média-metragem de 65 minutos no disco 2 e mais mulheres fortes na temática. Nós não assistiríamos a ela fazendo uma performance conceitual de Virgem Maria no Grammy se não houvesse algo especial legitimando tudo isso.
Uma aposta. Essa banda sueca merece mais do que a alcunha de “o novo Led Zeppelin”. Os vocais Elin Larsson, rasgados como os de Janis Joplin, são um sopro de qualidade na cena engessada do rock. E uma figura incontestável em um ambiente – infelizmente – terrivelmente machista.
“A menina mais corajosa do mundo”. Um relato real contado de forma lúdica sobre a menina que ouviu do regime talibã paquistanês que não poderia estudar, continuou assim mesmo e quase morreu executada na porta da escola. Uma das vozes mais relevantes pela igualdade de direitos para as mulheres no mundo atualmente.